Consumo de antidepressivos aumenta em Portugal entre 2000 e 2017

Portugal é o quinto país da OCDE a apresentar o maior consumo de antidepressivos, tendo mais do que triplicado entre 2000 e 2017.

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A organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) divulgou na quinta-feira, 07 de novembro, o relatório sobre o setor da saúde do ano de 2019. No documento verifica-se um aumento generalizado no consumo de antidepressivos nos cerca de 30 países analisados, que entre o período de 2000 e 2017, viram o seu consumo duplicar.

Em 2017, Portugal apresentava valores iguais a um consumo de 104 doses diárias de antidepressivos em por cada mil pessoas, quando em 2000 o país apresentava um consumo de pouco mais de 30 doses diárias.

O relatório usa como indicador a “dose diária” para representar o consumo média por dia para um medicamento usado por adultos para a sua principal indicação terapêutica. Enquanto que Portugal tem uma média de consumo diário igual a 104 doses, a média dos países da OCDE é de 63.

À frente de Portugal, com os maiores consumos, estão países como o Canadá, a Islândia, a Austrália e o Reino Unido.

Segundo o documento “Health at a Glance 2019”, o aumento do consumo de medicamentos antidepressivos, leva a acreditar que existe uma melhor aceitação, reconhecimento e diagnóstico da depressão, a disponibilidade de terapias e a evolução de guias de orientação clínica.

No entanto, o relatório apresenta uma grande variação entre os países analisados, por exemplo a Islândia apresenta um consumo 10 vezes superior ao da Letónia que é opaís com o consumo mais reduzido.