Fenprof, Zero e MESA lançam uma petição para remover, de forma total, o amianto nas escolas
- Joana Almeida Carvalho
- 14 de nov. de 2019
- 2 min de leitura
O Governo vai divulgar uma lista atualizada com todas as escolas públicas que utilizam materiais que contêm amianto, para que possam ser tomadas as medidas necessárias à sua remoção.

O Movimento Escolas Sem Amianto (MESA), a associação ambientalista (ZERO), e a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) lançaram, esta quinta-feira, dia 14 de novembro, uma petição pública, com o objetivo de se remover, de forma total, o amianto em todos os estabelecimentos de ensino. A discussão do documento será feita no parlamento.
Os principais subscritores do documento são Íria Roriz Madeira, membro da Zero; André Julião, coordenador do MESA, e Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, que exigem que sejam tomadas as medidas necessárias para que o Governo seja obrigado a divulgar a lista de todas as escolas públicas que utilizam materiais que contêm amianto, apelando ao “respeito pela lei, pelo direito à informação dos cidadãos e ao seu bem-estar”.
No comunicado de imprensa, a Zero, MESA e Fenprof, admitem que foi feito um levantamento de materiais contendo amianto em vários edíficios públicos, focando-se essencialmente no fibrocimento (telhas). Acrescentando ainda que foram deixados de fora muitos materiais que também contêm amianto e que continuam a ser um risco para a saúde de todos os trabalhadores e utentes desses mesmos edifícios.
No caso do Ministério da Educação, os dados disponíveis indicam que não foi feita a avaliação da existência de outros materiais contendo amianto que podem surgir em pavimentos, revestimentos, tintas, divisórias, entre outros. "Desta forma, sem uma correta avaliação prévia de todos os materiais que contêm amianto, as obras que já foram realizadas para a remoção deste material perigoso em edifícios, onde se incluem diversas escolas, podem ter deixado ficar outros materiais contendo amianto, eventualmente mais perigosos do que o próprio fibrocimento", acrescentam.
Na petição é também solicitado que se estabeleçam prioridades e que seja feita uma calendarização de todas as intervenções feitas nas escolas que contêm amianto, “disponibilizando informação atualizada publicamente, devendo esta ser passível de atualizações e consultas de forma prática, rápida e acessível”.
O amianto trata-se de um material que é bastante utilizado na construção e está atualmente proibido, uma vez que a inalação de algumas fibras, que são libertadas quando as estruturas estão danificadas, podem provocar várias doenças.
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