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Greta Thunberg esteve em Portugal

  • Foto do escritor: Joana Almeida Carvalho
    Joana Almeida Carvalho
  • 3 de dez. de 2019
  • 3 min de leitura

A ativista sueca chegou a terras Portuguesas esta terça-feira, 3 de dezembro pelas 12:44h, onde ficou durante alguns dias antes de seguir viagem com destino a Madrid.

Reuters

Greta Thunberg, com apenas 16 anos, rumou até Portugal sem a família. A viagem durou 21 dias com partida de Nova Iorque e chegada a Lisboa, a bordo do catamarã “La Vagabonde” que pertencia a um casal australiano, Riley Whitelum e Elayna Carausu, que têm o hábito de navegar pelo Mundo com a filha de um ano, Lenny. No veleiro viajava também a velejadora profissional inglesa, Nikki Henderson. Greta tomou a decisão de viajar de barco, de forma a evitar meios de transporte muito poluentes, como os aviões que são extremamente poluentes, devido às emissões de dióxido de carbono.


A chegada da ativista do ambiente estava prevista para as oito da manhã mas o vento e as correntes desfavoráveis, dificultaram a fase final da travessia e a viagem atrasou-se mais do que o esperado. No entanto, a quantidade de pessoas que continuavam à espera no porto de Lisboa aumentava ao longo da manhã e a jovem recebeu as boas vindas de cerca de mais de cem jovens que gritavam “Welcome Greta” e “Greta’s voice is our voice”.

Depois de desembarcar, a adolescente foi recebida pelo Presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, que afirmou que era um “grande privilégio” receber Greta em Portugal e referiu-se à mesma como “uma das vozes mais notáveis a lutar por todos nós”, acrescentando que “precisamos de agir em conjunto para ganhar esta batalha”.


À espera de Greta estava também um palco já montado na doca de Santo Amaro, onde Greta discursou e admitiu estar muito feliz por chegar a Lisboa, “Sinto-me honrada por ter chegado à bonita Lisboa e a Portugal. É muito bom sermos recebidos de forma tão calorosa”.


Greta Thunberg respondeu a várias questões dos jornalistas numa conferência de imprensa e mencionou que “nenhum país está a fazer o suficiente”. “Podemos fazer muito mais do que estamos a fazer neste momento”, admitiu.


A ouvir as palavras da ativista sueca estavam pessoas de todas as idades, mas o destaque foi para os jovens que estavam em maioria, seguidos de jornalistas, não só portugueses, mas também de outros países, maioritariamente, de Espanha.


Para além dos centenas de ambientalistas, estiveram também presentes membros do Partido Socialista (PS), Partido Social Democrata (PSD), Partido Comunista Português (PCP), Bloco de Esquerda, nomeadamente o Presidente da Comissão Parlamentar do Ambiente, José Maria Cardoso, Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV), o deputado André Silva, do PAN e a deputada do Livre, Joacine Katar Moreira.

José Fernandes

No final, Greta Thunberg partilhou com os presentes que iria ficar pela capital Portuguesa durante mais alguns dias e que, de seguida, iria partir rumo a Madrid, para participar na manifestação que decorreria à margem da 25ª conferência da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP25). Aproveitou ainda para deixar uma promessa no porto de Alcântara, de que iria continuar a pressionar os líderes mundiais e a fazer-se ouvir na capital Espanhola: “Não vou parar. Vamos à COP, vamos continuar a luta lá para garantir que as vozes das pessoas, dos jovens, sejam ouvidas atrás daquelas paredes”.


Greta Thunberg decidiu tirar um ano sabático quando tinha apenas 16 anos e em setembro de 2018, iniciou sozinha uma greve quando se colocou em frente ao Parlamento sueco, com o objetivo de chamar a atenção para as alterações climáticas. Este comportamento inspirou vários jovens e, atualmente, Greta é convidada a discursar em várias conferências e já foi recebida por vários chefes de Estado.

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