Policia de Hong Kong ameaça uso de balas reais
- Joana Almeida Carvalho

- 17 de nov. de 2019
- 2 min de leitura
A policia de Hong Kong ameaçou usar balas reais se for atacada. Trata-se de uma resposta ao uso de “armas letais” pelos manifestantes que dispararam flechas.

A Universidade Politécnica de Hong Kong foi cercada pelas autoridades com o objetivo de retirarem de lá as pessoas, ao mesmo tempo que lançavam o aviso que caso não saíssem das instalações, teriam de enfrentar as consequências por estarem a participar num motim.
É a Universidade em questão que serve como abrigo aos manifestantes contra as autoridades deste território, que tem autonomia administrativa em relação à China. Hong Kong tem sido “inundada” por manifestações diariamente, desde que a chefe do Governo, Carrie Lam, tentou implementar uma lei de extradição de condenados para a China continental. A proposta, apesar de retirada, suscitou vários protestos, maioritariamente, da classe jovem, que exige amnistia para os que já foram detidos e a adoção de um sufrágio universal em atos eleitorais.
Já a noite de sábado foi marcada por confrontos entre os dois lados, que lançaram gás lacrimogéneo e bombas incendiárias, deixando focos de incêndio nas ruas. Também um policia foi atingido este domingo numa perna por uma flecha lançada pelos manifestantes. As forças de segurança publicaram ainda imagens no Facebook onde mostram ter sido atacados com tijolos, bombas incendiárias e flechas, por parte dos manifestantes que permanecem junto à Universidade Politécnica.
Este domingo, a policia ameaçou utilizar armas mais potentes com balas reais, se os manifestantes continuarem a usar “armas letais”. “Se os manifestantes continuarem com ações tão perigosas, não teremos outra escolha senão usar a força de forma mínima, incluindo o uso de munições reais”, disse o porta-voz da policia, Louis Lau, numa transmissão em vídeo direto para a plataforma Facebook.
A policia afirmou ainda que a ação dos jovens está a colocar em perigo a vida de várias pessoas, o que levou à decisão de cercarem a Universidade, ato que já levou a cabo várias detenções.
Os manifestantes que ocupam a Universidade há algumas semanas, recuaram, à exceção de um grupo de jovens que permanece no local e que está a bloquear o acesso a um dos três principais túneis rodoviários que ligam a Ilha de Hong Kong ao resto da cidade.





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